E solicitos, partícipes e engajados nessa luta que é a nossa luta, estavamos lá, pra ecoar o som dos tambores que "abalam o firmamento" e que evocam nossos ancestrais a estarem dançando e sonorizando a vida entre nós!
Estávamos lá, no mesmo território estético - o placo, a rua, o público.. para louvar em nossas canções o o Rei Malunguinho - líder Quilombola de Pernambuco e entidade encantada da Jurema Sagrada, um ritual religioso.
Estávamos lá para sonorizar a memória de nossos ancestrais e comartilhar com jovens e adolescentes Estávamos lá, pra verbalizar, pra sonorizar, "pra sacudir as goaibeiras", os preconceitos, as discriminações....
..
E mais uma vez, na mesma semana, fomos "convidados a tocar um pouquinho mais pra lá"... porque o barulho do maracatu incomoda demais...
Mais que raio de barulho é esse que incomoda tanto? Mais do que as guitarras, o sax, a bateriais, os baixos, e todos os intrumentos... mais do que a voz da Elza Soares que todos os fãs gritavam junto...
Que barulho é esse que incomoda tanto?
Que faz com que em menos de uma semana, nós tenhámos sido "convidados" a parar de fazer música, pelos prórpios organizadores dos eventos, solicitos das reclamações de terceiros???
Que barulho é esse que querem calar???? Que barulho é esse que na festa da liberdade de expressão é convidado a ser silenciado?
Educação Griô: lugar de cultura afro-brasileira é na escola, é na rua, é na praça, é na favela, é no museu, é no cinema, é no teatro, é na favela, é na vida!
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